Acompanhe a análise dos preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) e na Bolsa de Chicago (CBOT). Descubra como a colheita no Brasil e o mercado internacional impactam os valores.
Os preços futuros do milho encerraram a segunda-feira (17) em queda na Bolsa Brasileira (B3). As cotações variaram entre R$ 57,05 e R$ 68,00, com todos os vencimentos registrando desvalorização.
O contrato de julho/24 foi negociado a R$ 57,05, uma queda de 0,94%. O vencimento para setembro/24 caiu 1,06%, valendo R$ 60,49. Para novembro/24, o preço foi de R$ 64,40, com baixa de 0,92%, e o contrato de janeiro/25 terminou o dia a R$ 68,00, uma redução de 0,73%.
Segundo a Grão Direto, a colheita de milho no Brasil avança e pressiona os preços regionais. No Centro-Oeste, onde a colheita já começou, os preços estão sob pressão. A exportação ainda é lenta, mas espera-se uma aceleração a partir de julho. No Sudeste e Sul, o milho tributado permanece competitivo devido às quebras nessas regiões.
Nesta segunda-feira (17), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume de milho não moído embarcado até a segunda semana de junho foi de 392.422,5 toneladas, representando 37,94% do total exportado no mesmo mês do ano anterior.
No mercado físico brasileiro, a equipe do Notícias Agrícolas identificou uma valorização do preço da saca de milho apenas em Sorriso/MT e Machado/MG. Desvalorizações foram registradas em Castro/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
De acordo com a nota semanal do Cepea, os preços do milho nos portos subiram na última semana, impulsionados pelas cotações internacionais e pelo aumento da demanda. No entanto, esses aumentos não foram repassados para o interior do país, onde os preços continuaram enfraquecidos devido ao avanço das colheitas e à baixa demanda. A produção brasileira de milho na safra 2023/24 também teve sua estimativa ajustada para cima, pressionando ainda mais os preços.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho também fecharam em queda. O contrato de julho/24 foi cotado a US$ 4,43, uma redução de 6,25 pontos. O vencimento de setembro/24 caiu 7,00 pontos, valendo US$ 4,50. Para dezembro/24, o preço foi de US$ 4,63, com baixa de 7,25 pontos, e o contrato de março/25 terminou a US$ 4,73, uma queda de 7,50 pontos.
Essas quedas representaram recuos de 1,39% para julho/24, 1,53% para setembro/24, 1,54% para dezembro/24 e 1,56% para março/25, em relação ao fechamento da sexta-feira anterior (14).
A Agrinvest destacou que a segunda-feira foi marcada pela derrocada dos futuros dos grãos em Chicago, com o milho seguindo as quedas mais acentuadas da soja, pressionada por condições climáticas adversas nos EUA e pela competitividade da soja brasileira.
O site Farm Futures comentou que “os preços do milho acompanharam a queda de outros grãos em uma rodada de vendas técnicas, apesar de uma sólida rodada de dados de inspeção de exportação e da expectativa de ligeira diminuição na qualidade da colheita na semana passada”.