Os preços da soja na Bolsa de Chicago apresentam uma leve recuperação antes da divulgação do relatório do USDA, refletindo um ajuste técnico do mercado. Essa movimentação no preço da soja na Bolsa de Chicago ocorre enquanto os operadores permanecem cautelosos, aguardando os dados oficiais sobre a safra americana. Com a atenção voltada para o clima no Brasil e o comportamento da demanda chinesa, o mercado de soja deve manter sua dinâmica sensível nos próximos dias.
Ajuste nos preços da soja na Bolsa de Chicago antes do relatório USDA
O ajuste técnico do mercado antes da divulgação do relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reflete o aumento nos preços da soja na Bolsa de Chicago. Embora os operadores não esperem grandes mudanças nos dados, eles agem com cautela enquanto aguardam o relatório, previsto para ser publicado às 13h (horário de Brasília).
Segundo Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios, historicamente o relatório de outubro não costuma gerar grande volatilidade no mercado. “Em raras exceções, como em 2013 e 2017, o relatório causou impactos maiores devido a ajustes significativos na produção americana e brasileira. No entanto, na maioria das vezes, esse documento traz apenas pequenos ajustes”, explica Pereira.
Expectativas para a safra de soja e seu impacto no preço da soja na Bolsa de Chicago
As projeções para a produção de soja nos Estados Unidos variam entre 121,44 e 126,82 milhões de toneladas, com a média esperada de 124,62 milhões. No relatório anterior, divulgado em setembro, o USDA estimou a produção em 124,81 milhões de toneladas. Para a safra 2023/24, o número foi de 113,27 milhões. Quanto à produtividade, a média das expectativas é de 59,5 sacas por hectare, com um intervalo projetado entre 57,94 e 60,52 sacas. O rendimento da oleaginosa no relatório de setembro foi de 59,62 scs/ha, enquanto na safra anterior foi de 56,71 scs/ha.
Fatores que influenciam o preço da soja na Bolsa de Chicago
Além da espera pelo relatório do USDA, o mercado de soja continua monitorando atentamente outros fatores. O clima no Brasil, crucial para o avanço do plantio, e o progresso da colheita americana estão no radar dos operadores. A demanda da China, o principal importador mundial de soja, também é observada com atenção, assim como os cenários geopolítico e financeiro, que podem impactar o comportamento do mercado global.
Cenário brasileiro e suas implicações
Analistas afirmam que o mercado aguarda ajustes na balança de oferta e demanda do Brasil, embora sejam de pouca expressão. O clima no Brasil continua sendo um ponto crítico para o avanço do plantio de soja, o que pode impactar as projeções futuras. Com a expectativa de pequenos alinhamentos, as condições climáticas permanecem no foco, influenciando o ritmo do plantio nas principais regiões produtoras.
Os preços da soja na Bolsa de Chicago apresentam uma leve recuperação antes da divulgação do relatório do USDA, o que reflete um ajuste técnico do mercado. Embora os operadores não esperem grandes mudanças no relatório, eles permanecem cautelosos, aguardando os dados oficiais sobre a safra americana. Com a atenção voltada para o clima no Brasil e o comportamento da demanda chinesa, o mercado de soja deve manter sua dinâmica sensível nos próximos dias.