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Preço do Bitcoin luta para manter suporte em US$ 112 mil

Preço do Bitcoin

Preço do Bitcoin luta para manter suporte em US$ 112 mil

O preço do Bitcoin voltou ao centro das atenções. Na manhã desta quarta-feira, 24 de setembro de 2025, o ativo negocia em R$ 598.144,97, cerca de US$ 112.200. Esse nível marca um ponto crucial, já que analistas alertam para risco de correção até US$ 105 mil, caso o suporte atual ceda.

A pressão vem de vários fatores. Entre eles, as falas recentes de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, que reforçaram a ausência de direções claras sobre juros nos Estados Unidos. Somada à desaceleração econômica confirmada pelos PMIs, essa postura alimenta a cautela e reduz o apetite por risco nos mercados globais.

Preço do Bitcoin e cenário macroeconômico

As condições internacionais seguem complexas. O mercado de trabalho americano mostra sinais de enfraquecimento, enquanto a inflação continua elevada. Esse quadro dificulta decisões mais firmes do Fed e aumenta a incerteza entre investidores.

Como resultado, ativos tradicionais reagiram de maneira desigual. O dólar recuperou parte da força, o ouro corrigiu após atingir máximas históricas e o petróleo avançou de forma moderada diante de impasses geopolíticos. Nesse ambiente, o Bitcoin oscilou entre US$ 111 mil e US$ 114 mil, em movimento lateralizado que reflete a falta de convicção do mercado.

Análise técnica do preço do Bitcoin

De acordo com Timothy Misir, da BRN, a volatilidade recente decorre da saída de recursos dos ETFs e das especulações envolvendo a Tether. Ele destacou que o suporte em US$ 112 mil é determinante para o comportamento do ativo nas próximas sessões.

Se o patamar for rompido, o risco de correção até US$ 105 mil ou US$ 103 mil aumenta. No entanto, alguns elementos positivos podem suavizar esse cenário. Entre eles, o salto do agregado monetário M2 para US$ 22,2 trilhões e a proposta da CFTC de permitir stablecoins tokenizadas como colateral em derivativos.

Essas medidas, caso confirmadas, podem abrir espaço para produtos estruturados mais sofisticados, fortalecendo a base institucional do mercado cripto.

Dados on-chain e comportamento dos investidores

Os registros on-chain apontam uma forte realização de lucros. Holders de longo prazo venderam aproximadamente 3,4 milhões de BTC desde o topo do ciclo. Esse movimento pressiona a oferta, mas também revela uma dinâmica natural de mercado em momentos de incerteza.

Ao mesmo tempo, os saldos em exchanges continuam caindo, sinalizando retirada para carteiras privadas. Esse padrão costuma ser visto como positivo, pois reduz a pressão vendedora imediata.

No entanto, o sentimento do varejo tornou-se pessimista. Previsões de queda até US$ 70 mil se espalharam, refletindo medo e desconfiança. Analistas lembram que esse comportamento costuma contrastar com a postura das baleias, que frequentemente acumulam nesses períodos.

Principais riscos no curto prazo

Três pontos concentram a atenção dos especialistas:

  • Rompimento abaixo de US$ 111.400, custo médio dos holders de curto prazo.
  • Continuidade nas saídas de ETFs, reduzindo demanda estrutural.
  • Instabilidade da Tether ou grandes transferências de BTC para exchanges.

Esses gatilhos podem acelerar uma correção. Ainda assim, a queda da alavancagem e a maior disciplina dos traders sugerem um mercado menos vulnerável a liquidações forçadas.

Perspectivas para o preço do Bitcoin

Caso o suporte em US$ 112 mil seja preservado, existe margem para recuperação. Analistas acreditam que uma ruptura acima de US$ 118 mil abriria espaço para US$ 120,5 mil. Esse cenário depende da estabilização dos fluxos em ETFs e de sinais mais claros de política monetária.

Além disso, a possível aprovação da proposta da CFTC pode representar uma virada de chave no mercado de derivativos. Se confirmada, traria maior legitimidade institucional e ampliaria a participação de grandes investidores.

Conclusão

O preço do Bitcoin atravessa uma fase de consolidação, marcada por cautela e volatilidade. A combinação de fatores macroeconômicos, saídas de ETFs e especulações sobre a Tether pressiona o ativo. Contudo, a queda da alavancagem, a retirada de BTC das exchanges e a perspectiva de avanços regulatórios mantêm a resiliência de médio prazo.

Investidores devem monitorar dados de emprego e inflação nos Estados Unidos, pois podem redefinir expectativas para o Fed. Enquanto isso, posições menores, entradas graduais e atenção a zonas de suporte permanecem como estratégias mais seguras.


Análise do ciclo de alta do Bitcoin