Mercado cripto perde força e Bitcoin cai para perto de US$ 121 mil

Análise do mercado de criptomoedas

O mercado de criptomoedas iniciou o dia em queda, refletindo o enfraquecimento do impulso comprador e a redução do apetite de risco entre investidores. A capitalização total (TOTAL) caiu, arrastando o Bitcoin (BTCUSD) e diversas altcoins. Nesse contexto, a DEXE se destacou como o ativo com pior desempenho, ampliando a percepção de cautela no setor.

Nos destaques recentes, a MetaMask lançou uma plataforma de negociação de perpétuos, com tecnologia Hyperliquid, que oferece alavancagem de até 40x em mais de 150 ativos EVM. A iniciativa visa atrair traders mais experientes, embora ainda existam dúvidas sobre a escalabilidade da infraestrutura. Ao mesmo tempo, a Gemini anunciou a abertura de uma entidade local na Austrália, reforçando sua expansão na região Ásia-Pacífico. O aumento da adoção de criptomoedas no país — que passou de 28% em 2024 para 31% em 2025 — confirma o interesse crescente da população por ativos digitais.

Esses movimentos corporativos mostram que, apesar da recente queda de preços, o desenvolvimento tecnológico e o interesse institucional continuam ativos. No entanto, o enfraquecimento do momentum revela que o mercado de criptomoedas atravessa um momento de pausa após fortes movimentos de alta registrados no início do trimestre.

TOTAL enfrenta resistência e consolida suporte

Desde o início da semana, a liquidez tem se mostrado reduzida. Compradores e vendedores evitam grandes movimentações, resultando em uma consolidação dentro de uma faixa estreita. Esse comportamento lateral reflete a falta de catalisadores macroeconômicos relevantes e uma postura de “esperar para ver” entre os principais players.

A TOTAL, que representa o valor somado de todas as criptomoedas, está atualmente em US$ 4,12 trilhões. O ativo enfrenta resistência em US$ 4,27 trilhões, enquanto o suporte permanece firme em US$ 4,08 trilhões. Se o mercado conseguir reagir, a TOTAL poderá romper sua máxima histórica, sinalizando uma retomada de força. No entanto, se as vendas aumentarem, a capitalização poderá recuar para US$ 3,94 trilhões, ampliando o risco de correção.

Essa estabilidade, embora pareça negativa, também pode ser vista como uma fase saudável. O período de consolidação geralmente antecede movimentos mais expressivos, à medida que o mercado acumula energia para uma nova direção. Ainda assim, a ausência de fluxo institucional significativo indica que o entusiasmo do início do ano perdeu intensidade.

Bitcoin em baixa com volume reduzido

O Bitcoin segue pressionado, sendo negociado a US$ 121.950, com queda de 1% nas últimas 24 horas. O volume de negociação caiu 25% no mesmo período, sugerindo redução da atividade entre traders e investidores. Essa combinação de menor preço e volume indica enfraquecimento da participação do mercado, mostrando que nem compradores nem vendedores demonstram convicção.

Se a pressão de baixa persistir, o BTC poderá testar o suporte em US$ 120.090. A perda desse nível pode abrir espaço para uma correção até US$ 118.922, região que coincide com a média móvel de curto prazo. Entretanto, se a demanda retornar, o ativo poderá buscar novamente a faixa de US$ 125.708, que representa sua máxima histórica recente.

A movimentação atual reflete um cenário de indecisão. Enquanto investidores institucionais permanecem cautelosos, traders de curto prazo avaliam oportunidades em altcoins menores, que oferecem maior volatilidade e, consequentemente, mais riscos.

DEXE lidera as perdas do mercado

Entre as altcoins, a DEXE apresentou a maior queda do dia, recuando 12% e sendo negociada a US$ 11,06. O indicador técnico Balanço de Poder (BdP) mostra leitura negativa de -0,60, reforçando o domínio dos vendedores e o controle baixista sobre o ativo. Esse padrão demonstra que os touros perderam força e que o sentimento geral do mercado permanece desfavorável.

Caso o cenário continue negativo, o token pode cair até US$ 10,25, consolidando uma trajetória de baixa mais longa. Por outro lado, se houver uma reversão de sentimento e um aumento no volume comprador, a DEXE pode recuperar terreno e atingir US$ 12,18, o que representaria uma correção técnica saudável.

O desempenho da DEXE serve como termômetro para o restante do mercado. Quando tokens menores sofrem quedas acentuadas, isso frequentemente sinaliza aversão ao risco e menor disposição dos investidores para manter posições em ativos voláteis.

Perspectivas e conclusão

O atual mercado de criptomoedas vive um momento de consolidação após semanas de fortes oscilações. A redução da liquidez, a retração nos volumes e o recuo do Bitcoin mostram um cenário de incerteza. Apesar disso, o ambiente ainda apresenta fundamentos sólidos, com empresas inovando e usuários ampliando a adoção global.

A curto prazo, o suporte técnico da TOTAL e do BTC será determinante para definir o próximo movimento relevante. Se os níveis atuais forem mantidos, o mercado poderá se estabilizar e, eventualmente, retomar a trajetória de alta. Entretanto, a perda dos suportes pode desencadear uma correção mais profunda.

Em resumo, o mercado de criptomoedas atravessa uma fase de transição, marcada por cautela e expectativa. A recuperação dependerá da retomada da confiança dos investidores e do surgimento de novos impulsos macroeconômicos que restabeleçam o fluxo de capital.

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