13 de novembro de 2024

Desaceleração Econômica da China no Segundo Trimestre de 2024: O Que Esperar a Seguir?

By Thamires jul15,2024
Desaceleração Econômica da China no Segundo Trimestre de 2024: O Que Esperar a Seguir?

A economia da China apresentou um crescimento de 4,7% no segundo trimestre de 2024, abaixo da previsão de 5,1% e desacelerando em relação ao trimestre anterior, que havia registrado uma expansão de 5,3%. Este desempenho fraco é o mais baixo desde o primeiro trimestre de 2023 e reflete as persistentes dificuldades enfrentadas pela segunda maior economia do mundo.

O setor imobiliário continua sendo um dos principais responsáveis por essa desaceleração. Em junho, os preços das casas novas caíram no ritmo mais rápido em nove anos, exacerbando a crise que já se arrasta há anos. Essa situação não só diminui a confiança dos consumidores, como também limita a capacidade dos governos locais de gerar receitas através da venda de terrenos, uma importante fonte de financiamento.

O setor de consumo também enfrenta desafios significativos. As vendas no varejo cresceram apenas 2,0% em junho, o menor crescimento em 18 meses, enquanto as pressões deflacionárias forçam as empresas a reduzir preços em vários segmentos, incluindo alimentos, roupas e veículos. Essas condições contribuem para um cenário econômico mais sombrio, dificultando o cumprimento da meta de crescimento de 5% estabelecida pelo governo para 2024.

Lynn Song, economista-chefe do ING, comentou que os dados do PIB são decepcionantes e que alcançar a meta de crescimento de 5% permanece um desafio substancial. Em resposta a essa situação, o Goldman Sachs reduziu sua previsão de crescimento para a China em 2024 de 5,0% para 4,9%. Os economistas do Goldman Sachs acreditam que medidas adicionais de estímulo, especialmente nas áreas fiscal e habitacional, serão necessárias para compensar a fraqueza da demanda doméstica.

Em termos trimestrais, o crescimento foi de 0,7%, uma desaceleração significativa em comparação aos 1,5% registrados nos três meses anteriores. Para enfrentar a demanda interna fraca e a crise imobiliária, o governo chinês tem impulsionado investimentos em infraestrutura e na manufatura de alta tecnologia. No entanto, o crescimento econômico permanece desigual, com a produção industrial superando o consumo interno e alimentando os riscos deflacionários.

Além disso, a China enfrenta incertezas externas crescentes e dificuldades internas, o que pode impactar negativamente a economia no segundo semestre de 2024. As tensões comerciais e a desaceleração das vendas no varejo são preocupações adicionais, com as vendas aumentando apenas 2,0% em junho, o menor aumento desde dezembro de 2022.