Enquanto o Brasil retira fundos de criptomoedas, o cenário global, por outro lado, mostra otimismo. Além disso, a aversão ao risco no Brasil contrasta com o interesse crescente em mercados internacionais. Portanto, o futuro dos fundos de criptomoedas no país dependerá da evolução do mercado local e global nas próximas semanas.
Contraste com o Cenário Global
Enquanto o Brasil demonstrou uma tendência de retirada, mercados internacionais, como os Estados Unidos, Canadá, Austrália e Alemanha, injetaram volumes expressivos em fundos de criptomoedas. Nos EUA, foram adicionados US$ 406 milhões, destacando o interesse contínuo no setor. Outros países, como a Suécia e Hong Kong, também apresentaram saques, mas em menor volume quando comparado ao Brasil.
Esse contraste entre o comportamento do Brasil e outras grandes economias pode ser explicado pelas diferentes percepções de risco e incertezas no mercado local. A volatilidade das criptomoedas, combinada com o cenário macroeconômico brasileiro, parece ter levado investidores nacionais a adotar uma postura mais conservadora.
Desempenho dos Principais Criptoativos
Brasil retira fundos de criptomoedas, no período analisado, o Bitcoin (BTC) liderou as entradas líquidas globais, com US$ 419 milhões, seguido por cestas multiativos, XRP e Solana (SOL). Apesar do crescimento de altcoins, como Solana, o mercado de criptomoedas continua dominado pelo Bitcoin. No entanto, o Ethereum (ETH) apresentou uma saída líquida de US$ 9,8 milhões, destacando a cautela dos investidores em relação à segunda maior criptomoeda do mercado.
No Brasil, esse cenário reflete a aversão ao risco, com muitos investidores buscando liquidez em meio às incertezas econômicas globais e locais.
Movimentos das Gestoras de Fundos
A Grayscale liderou as retiradas, com US$ 65 milhões, enquanto BlackRock, Fidelity e ARK 21Shares captaram mais de US$ 367 milhões em entradas líquidas, mostrando a confiança de investidores institucionais nas criptomoedas, apesar das flutuações.
A Influência da Política Global
O avanço de Donald Trump nas pesquisas em relação a Kamala Harris foi visto como positivo pelos investidores de criptomoedas, gerando expectativa de políticas favoráveis e impulsionando as entradas líquidas nos EUA.
No entanto, o Brasil parece menos impactado por esses fatores políticos globais, focando mais em suas próprias dinâmicas econômicas e políticas, que têm gerado um ambiente de maior cautela.
Enquanto o Brasil retira fundos de criptomoedas, o cenário global, por outro lado, mostra otimismo. Além disso, a aversão ao risco no Brasil contrasta com o interesse crescente em mercados internacionais. Portanto, o futuro dos fundos de criptomoedas no país dependerá da evolução do mercado local e global nas próximas semanas.