As hidrovias dos rios Tapajós e Madeira retomaram o transporte de soja e milho após a suspensão causada pela seca na região amazônica. A Amport informou que a navegação no Tapajós opera com 50% da capacidade, enquanto o rio Madeira já funciona com carga total. As recentes chuvas elevaram o nível dos rios, possibilitando a retomada das operações logísticas.
Retomada no Tapajós e Madeira
As hidrovias Tapajós e Madeira são, portanto, fundamentais para o escoamento da produção de grãos do Brasil, especialmente das regiões Norte e Centro-Oeste. No entanto, a paralisação, que começou em setembro, havia comprometido parte das exportações. Felizmente, as chuvas recentes trouxeram o tão esperado alívio.
Situação no rio Tapajós
No Tapajós, a navegação foi retomada parcialmente, com capacidade de 50%. A hidrovia conecta Itaituba (PA) a portos amazônicos, escoando grãos provenientes de Mato Grosso.
Operações no rio Madeira
No rio Madeira, a recuperação foi mais expressiva, permitindo a retomada das operações com 100% da capacidade. Essa hidrovia é vital para o transporte de grãos do oeste de Mato Grosso e Rondônia até os portos do Amazonas.
Impacto no escoamento da safra
Apesar da retomada, os efeitos da seca no Norte foram mitigados por fatores como o embarque antecipado de soja e uma safra menor de milho. Além disso, tradings redirecionaram cargas para portos do Sul e Sudeste, buscando evitar gargalos logísticos.
Participação do Arco Norte
Os portos do Arco Norte, como Barcarena e Santarém, desempenham um papel crescente na exportação de grãos. Em 2023, esses portos responderam por 33,8% das exportações de soja e 42,5% do milho brasileiro, segundo a Conab.
A retomada do transporte de soja e milho nas hidrovias Tapajós e Madeira é um passo importante para normalizar o escoamento da safra brasileira. No entanto, a dependência dos rios amazônicos ressalta a necessidade de estratégias logísticas mais resilientes para enfrentar os desafios climáticos.
Como a logística afeta as exportações agrícolas brasileiras