Café robusta recua com chuvas no Brasil e início da temporada no Vietnã
Os preços do café robusta registraram queda, atingindo seu nível mais baixo em mais de um mês e meio. Esse recuo está relacionado ao início da temporada no Vietnã, o maior exportador global da commodity, e às chuvas previstas para o Brasil, o segundo maior exportador de robusta. A combinação desses fatores pressiona o mercado, influenciando os contratos futuros da commodity na ICE.
Condições climáticas e impactos no mercado
No Brasil, a previsão de chuvas é uma resposta positiva após um longo período de seca. Especialistas da LSEG apontam que as chuvas intensificarão de dezembro a fevereiro, ajudando a recuperar áreas de produção de café robusta afetadas pela seca. No entanto, há o risco de inundações que podem impactar tanto as plantações de café quanto as de cana-de-açúcar, outro setor agrícola relevante para o país.
Além das chuvas no Brasil, o início da temporada de colheita no Vietnã pressiona ainda mais os preços do café robusta. Com o aumento da oferta no mercado global, os preços tendem a cair, impactando os futuros da commodity, que já registraram valores baixos nos últimos meses.
Movimentos nos contratos futuros
O contrato de novembro do café robusta na ICE fechou com uma leve alta de 0,2%, a 4.865 dólares por tonelada, após tocar seu valor mais baixo desde agosto, a 4.800 dólares. A expectativa de melhora nas condições climáticas no Brasil influenciou o tom geral do mercado, apesar da pressão da colheita no Vietnã.
Já o contrato de dezembro do café arábica também apresentou variação positiva, subindo 0,7%, a 2,5005 dólares por libra-peso. Esse aumento foi atribuído principalmente à cobertura de posições vendidas, após uma recente queda nos preços. Contudo, analistas alertam que a tendência de baixa pode persistir conforme o clima no Brasil continue a melhorar.
Os preços do café robusta sofrem pressão devido às previsões climáticas no Brasil e ao início da temporada no Vietnã. A recuperação das chuvas em áreas críticas de cultivo no Brasil pode trazer alívio a longo prazo, mas o excesso de chuvas e o aumento da oferta global ainda representam desafios para o mercado. Acompanhar de perto as condições climáticas será essencial para prever os movimentos futuros dos preços dessa commodity.