A produção de milho da UE em 2024 está enfrentando desafios significativos devido a condições climáticas adversas. Este ano, a produção deverá cair para cerca de 60-61 milhões de toneladas, uma diminuição notável em relação aos 63 milhões de toneladas do ano passado.
Essa redução pode ter impactos consideráveis tanto no mercado agrícola quanto na dependência da União Europeia em relação às importações.
Impactos das Condições Climáticas na Produção de Milho da UE
A produção de milho da UE está fortemente impactada por eventos climáticos extremos.
A seca severa e o calor intenso afetaram particularmente a Romênia, que anteriormente competia com a França como uma das maiores produtoras de milho da região.
A produção na Romênia deverá cair cerca de 30% em relação ao ano passado, devido às temperaturas elevadas e à falta de umidade durante a polinização. Este cenário desafiador também se estende a outras partes da Europa Oriental, incluindo a Bulgária e a Hungria, que enfrentaram condições climáticas adversas semelhantes.
Por outro lado, a Europa Ocidental tem registrado condições mais favoráveis, o que ajuda a mitigar um pouco o impacto geral. Embora a França tenha enfrentado incertezas iniciais devido a uma primavera úmida, os níveis favoráveis de umidade e a área de cultivo ampliada devem resultar em uma produção maior em comparação com o ano passado. No entanto, a produção de milho na França ainda é incerta, pois enfrentou altas temperaturas desde o final de julho.
Consequências para o Mercado
A queda na produção de milho da UE poderá, portanto, levar a uma maior dependência de importações para suprir a demanda interna. De fato, com uma produção menor e uma previsão de colheita abaixo da média de trigo e cevada, a UE terá que considerar, inevitavelmente, fontes externas para garantir o abastecimento. Isso é especialmente crucial para ração animal, que precisa ser compensada adequadamente para manter o setor agropecuário em funcionamento.
Conclusão
Em resumo, a produção de milho da UE em 2024 enfrenta grandes desafios devido ao clima adverso, especialmente na Romênia e na Europa Oriental. A redução na produção pode forçar a UE a aumentar as importações para atender à demanda, impactando o mercado agrícola e a segurança alimentar da região. O acompanhamento das condições climáticas e das colheitas em andamento será crucial para entender melhor a extensão desses impactos e preparar estratégias adequadas.