Os contratos futuros de soja e milho na bolsa de Chicago (CBOT) registraram alta nesta terça-feira devido à compra de pechinchas e previsões de colheitas menores em algumas regiões. Confira os detalhes sobre o mercado agrícola.
Os contratos futuros de soja e milho negociados na bolsa de Chicago (CBOT) avançaram nesta terça-feira, após atingirem os menores níveis em vários anos. Esse movimento de alta foi impulsionado pela compra de pechinchas e pelas previsões de colheitas menores em algumas partes do mundo, de acordo com analistas do mercado agrícola.
Em contraste, os contratos futuros de trigo caíram para uma nova mínima contratual. Essa queda ocorreu após uma recuperação anterior, influenciada pelo progresso constante dos dados de colheita dos Estados Unidos e pela oferta competitiva da safra russa.
Os dados de progresso da safra do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), divulgados na segunda-feira, não mostraram as melhorias esperadas pelo mercado para as safras de milho e soja, permanecendo em 68% de boas a excelentes condições. Essa falta de melhorias substanciais nos dados do USDA ajudou a impulsionar a compra de pechinchas, já que o mercado estava sobrevendido, segundo Mark Soderberg, analista sênior do mercado agrícola da ADM Investor Services.
Além das compras de pechinchas, a previsão de menor produção de milho na Ucrânia também influenciou o mercado. O Conselho Agrário da Ucrânia anunciou que sua produção de milho em 2024 pode cair de 30% a 35% devido ao calor extremo e à seca. Este anúncio forneceu um suporte adicional para os preços do milho na CBOT.
O contrato de milho mais ativo da CBOT (ZC1!) ganhou 4,50 centavos, fechando em 4,0875 dólares o bushel. Da mesma forma, a soja (ZS1!) subiu 3,25 centavos, terminando em 10,4325 dólares. Estes aumentos refletem a combinação de fatores internos e externos que estão afetando o mercado agrícola.
Enquanto isso, os dados de progresso da safra do USDA mostraram que 71% do trigo de inverno dos EUA já foi colhido, em comparação com 63% na semana passada. Além disso, 77% do trigo de primavera dos EUA está em condições boas a excelentes. Apesar desses dados positivos, o contrato de trigo de setembro mais ativo da CBOT (ZW1!) perdeu 1,75 centavo, terminando em 5,3075 dólares.
A queda no preço do trigo pode ser atribuída ao avanço constante na colheita nos EUA e à competitividade da safra russa, que está oferecendo trigo a preços mais baixos no mercado global. Esses fatores pressionaram os preços do trigo, mesmo com as boas condições de colheita nos Estados Unidos.
Segundo Mark Soderberg, o mercado estava atrasado para uma recuperação desse tipo. A combinação de compras de pechinchas e previsões de colheitas menores em outras partes do mundo, como a Ucrânia, criou um ambiente propício para a recuperação dos preços de soja e milho.
A continuidade dessa tendência de alta dependerá de vários fatores, incluindo o progresso das colheitas nos Estados Unidos, as condições climáticas nas principais regiões produtoras e as políticas comerciais globais que podem afetar a oferta e a demanda de commodities agrícolas.
Os movimentos nos contratos futuros de soja e milho na bolsa de Chicago refletem uma complexa interação de fatores de mercado, incluindo dados de colheita, condições climáticas e dinâmicas globais de oferta e demanda. A queda nos preços do trigo, apesar das boas condições de colheita nos EUA, destaca a influência da competição internacional, especialmente da Rússia, no mercado global de trigo.
Os próximos meses serão cruciais para observar como essas tendências se desenrolarão e quais impactos terão sobre os preços das commodities agrícolas. Os participantes do mercado continuarão a monitorar atentamente os dados de progresso das safras e as previsões climáticas para ajustar suas estratégias de negociação.