Descubra como as empresas petrolíferas dos EUA e da Europa enfrentaram desafios no primeiro trimestre devido à queda nos preços do gás natural. Este artigo analisa os resultados financeiros da Exxon Mobil, Chevron e TotalEnergies, destacando o impacto dos preços do petróleo e as perspectivas para o restante do ano.
O primeiro trimestre de 2024 trouxe desafios significativos para as empresas petrolíferas dos EUA e da Europa, com uma queda acentuada nos preços do gás natural afetando seus resultados financeiros. Neste artigo, vamos analisar como essas empresas enfrentaram esses desafios e quais são as perspectivas para o restante do ano.
Nos EUA, a Exxon Mobil e a Chevron divulgaram resultados que refletiram a pressão sobre os lucros devido à queda nos preços do gás natural. A Exxon Mobil perdeu as metas de lucros de Wall Street, enquanto a Chevron conseguiu superar expectativas moderadas, principalmente devido a uma produção de petróleo melhor do que o esperado.
Na Europa, a grande petrolífera francesa TotalEnergies também enfrentou desafios, embora tenha superado ligeiramente as previsões dos analistas. As boas margens de refinação compensaram parcialmente a queda acentuada nos lucros do gás natural. No entanto, o presidente-executivo Patrick Pouyanne alertou que os preços mais elevados do petróleo podem reduzir as margens de refinação ainda este ano.
Os resultados financeiros dessas empresas refletem uma tendência mais ampla no setor de petróleo e gás. O lucro da Exxon caiu 28%, enquanto a Chevron viu uma queda de 16% e a TotalEnergies registrou uma diminuição de 22% em comparação com o ano anterior. Essas empresas também sofreram os efeitos dos lucros mais fracos da gasolina e dos combustíveis.
É importante notar que os lucros das empresas de petróleo e gás ainda estão abaixo dos níveis recordes alcançados em 2022. Esses recordes foram impulsionados por um aumento na demanda após a pandemia de Covid-19 e pelo aumento dos preços após a crise desencadeada pela invasão russa da Ucrânia.
Diante desse cenário, as empresas petrolíferas estão enfrentando pressões significativas para se adaptar às condições de mercado em rápida mudança. O restante do ano será crucial para determinar como essas empresas responderão aos desafios e como isso afetará o setor como um todo.
Nos últimos tempos, o mundo da energia tem passado por momentos desafiadores e cheios de oportunidades. Os futuros de Henry Hub, que servem como referência para o gás nos EUA, caíram consideravelmente, chegando a ser negociados abaixo de US$ 1,70 por milhão de unidades térmicas britânicas (mmBtu) e atingindo o menor nível em três anos e meio. Essa queda foi influenciada pelo clima quente e pelo excesso de oferta no mercado.
Enquanto isso, os preços do petróleo Brent, referência global, se mantiveram relativamente estáveis, ficando em torno de US$ 81,76 por barril no trimestre. Essas oscilações nos preços têm afetado diretamente as estratégias e os resultados financeiros de gigantes do setor, como Exxon, Chevron e TotalEnergies.
Apesar dos desafios enfrentados, as empresas de energia não deixaram de buscar oportunidades. No ano passado, os bons resultados financeiros levaram essas empresas a fazerem ofertas por concorrentes, visando aumentar sua produção de petróleo e gás. No primeiro trimestre deste ano, a Exxon registrou um lucro de US$ 8,5 bilhões, o segundo maior em mais de uma década. Já a Chevron obteve um lucro de US$ 5,5 bilhões, enquanto a TotalEnergies alcançou US$ 5,1 bilhões em lucro líquido ajustado.
Apesar dos ganhos financeiros, as ações dessas empresas refletiram as quedas nos lucros. As ações da Exxon caíram 3,6%, enquanto as da Chevron tiveram uma queda de 1% nas negociações do meio-dia em Nova York. Por outro lado, as ações da TotalEnergies subiram 2,6% nas negociações de Paris, após a confirmação de uma recompra de ações de US$ 2 bilhões.
Apesar das incertezas, as empresas de energia continuam otimistas em relação ao futuro. Embora os executivos não tenham oferecido novas orientações sobre as perspectivas de produção durante as teleconferências, parte das expectativas futuras dessas empresas depende de aprovações pendentes para dois acordos de licitação. A Exxon espera concluir a compra da Pioneer Natural Resources neste trimestre, enquanto a Chevron está avançando com sua oferta pela Hess, que deve ser submetida à votação dos acionistas no final de maio.
Em um mercado dinâmico e desafiador como o de energia, é essencial que as empresas se adaptem e busquem inovações constantes. O foco na eficiência operacional e a busca por oportunidades de crescimento são fundamentais para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem nesse ambiente econômico em constante mudança.